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NOTA 0,5 História fraca, efeitos especiais ruins e atuações péssimas jogam boa premissa no lixo |
Quando um filme não dá certo, a atitude mais natural de seus realizadores é fazer de tudo para que ele seja esquecido o mais rápido possível, porém, com a falta de bons projetos em Hollywood parece que tem produtor disposto a bancar qualquer coisa em troca de alguns trocados. Vozes do Além ao que tudo indica não foi um fenômeno em nenhum país, pelo contrário, por onde passou casou decepção jogando fora uma premissa interessante, a comunicação entre os mortos e os vivos através de aparelhos eletrônicos tais como rádios e TVs. O método conhecido no Brasil como Fenômeno da Voz Eletrônica (FVE) é popular no mundo todo e instiga a curiosidade do ser humano e de olho nisso é que deve ter nascido a ideia de Luzes do Além, um suspense fraquíssimo que não chega a ser uma sequência direta do outro título citado, mas sim um trabalho assumidamente do tipo caça-níquel. Neste filme o tema principal é a Experiência de Quase-Morte (EQM), um evento vivido pelo protagonista Abe Dale (Nathan Fillion) que tentou o suicídio alguns meses após ver sua esposa Rebecca (Kendall Cross) e o filho Danny (Joshua Ballard) serem brutalmente assassinados sem motivo algum e ele não ter feito nada para impedir a tragédia. Ele é levado ao hospital e falece na sala de emergência. Por poucos segundos Dale reencontra sua família o esperando em um túnel iluminado por uma forte luz branca, mas o encontro é interrompido quando ele é ressuscitado pela equipe médica. Desse dia em diante o rapaz passa a consegue fazer contato com o mundo dos mortos tornando-se ele próprio um receptor de mensagens. Agora ele tem o dom de descobrir as pessoas que estão prestes a morrer enxergando uma luz branca envolvendo seus corpos, assim tendo a chance de salvá-las, mas fazendo isso ele acaba atrapalhando o percurso natural da vida, ou melhor, da morte. Dessa forma, além de tentar conquistar os poucos interessados no filme sobrenatural estrelado por Michael Keaton citado no início, uma tentativa ainda mais explícita aqui no Brasil já que optaram por uma forma de ligar as duas produções através dos títulos, este trabalho do diretor Patrick Lussier, que já havia dirigido o inexpressivo Fillion no terror meia-boca Drácula 2000, ainda bebe na fonte da cinessérie Premonição. Neste caso, as pessoas salvas por Dale começam a praticar atos brutais e nosso herói iluminado passa a procurar desesperadamente explicações. Para não negar a mediocridade desta obra é obvio que o cineasta opta pela avalanche de clichês e tais respostas podem estar em cálculos matemáticos envolvendo escritos da Bíblia, o demônio e símbolos previsíveis.
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Suspense - 99 min - 2007
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